E lá se vai o último e o primeiro.
Não sei bem se o que vai é o que realmente existe ou se é o que eu criei pra mim... redesenhado e onipresente...Mas sei que vai, e não importa. Que importa, afinal, olhos marejados ante a alegria do mundo inteiro?
Há os que nascem para amar o homem, ou a mulher, ou os dois; e os que nascem para amar o mundo e seus tantos bilhões de viventes... e isso não impede de querer outra coisa.
Não sei bem o que dói, nem mesmo se doi. Saudade é coisa confusa que só se atesta com o tempo... e tempo torna qualquer remédio tardio, dispensável. O tempo traz novas caras, passíveis de serem amadas, deixadas e esquecidas. E o que fica? O tempo diz, mas já é tarde... nunca é tempo. Perceber é coisa sobrenatural... Mas não me importa a vã filosofia da compreensão de coisas sentidas... não hoje, quando o céu claro e o tapete de asfalto me liga ao mar e me convida ao suicídio, sabendo que eu não vou, sabendo que o Sol que é meu amor primeiro, em negação e desafeto... Sabem o tapete, o Sol, as nuvens gordas e flexíveis que eu sou filha é da noite... amante renegada da noite que beija a tantos antes de beijar a mim... daqui eu não saio e nada mais me importa, a não ser enterder de uma vez que se foram ambos: o real e o meu.
Sorte essas cinzas de cartas já estarem tão longe... sorte eu ter tanta coisa a mais que tenho em paz sem ter só pra mim... sorte eu saber o que importa antes de mais nada.
Ninguém fica... Já se foi o Louco, o Sol e o Maldito... não existe porque o Poeta ainda estar.
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