Resolvi me dar (mais) uma segunda feira de folga.
Talvez eu ache que os (muitos) cigarros vão defumar o mau humor.
Talvez eu queira evitar esbarrar com o passado no ponto de ônibus.
Talvez eu esteja com preguiça demais, há tempo demais, pra simplesmente esquecer, perdoar, ignorar.
Ou vai ver é a gripe.
Mas acordei muito zangada.
segunda-feira, agosto 23, 2010
segunda-feira, agosto 02, 2010
Há muito venho adiando a decisão de parar de tentar entender as pessoas.
Sábia decisão, burro adiamento.
A boa intenção, dedicação e atenção demandadas para conhecer as pessoas na sua intrigante individualidade é uma grandessíssima estupidez que nos coloca numa situação muito ingrata de malucos chatos.
Não se pode dar atenção nenhuma a ninguém. Ninguém precisa que a gente lhe faça o favor de sentir-se especial porque todos já têm vaidade demais em seus coraçõezinhos.
Cuidemos dos nossos e, assim como os outros – porque eles sim são felizes – tornemos impermeáveis nossas charmosas bolhas...
quinta-feira, julho 29, 2010
Trecho ilustrativo
"(...)Quem sente agora está ausente
Quem chora agora esta por fora
Quem ama agora esta na cama doente
Só corre nunca chega na frente
Se chega é pra dizer vou me embora
Sorriso não me deixa contente
E todas as pessoas que falam pra me consolar
Parece um bocado de boca se abrindo e fechando
Sem ninguém pra dublar
Eu já disse adeus antes mesmo de alguém me chamar
Não sirvo pra quem da conselho
Quebrei o espelho, torci o joelho, não vou mais jogar"
segunda-feira, julho 26, 2010
O fim das contas
Em dias como os nossos o melhor a fazer é calçar sapatos confortáveis e tomar um banho que dure o quanto durar seu disco favorito na vitrola, o sabonete de mais atraente da farmácia e a resistência do seu chuveiro. É o suficiente para chorar a vaidade dos homens e a indiferença de todos com quem dividimos o assento do ponto, do ônibus, do cinema, do bar, da praça de alimentação. Tudo demasiadamente refrigerado.
O advento do ar-condicionado talvez seja responsável pelo não-coração.
segunda-feira, janeiro 11, 2010
Raio-X
Depois de muito refletir concluí que esse tumulto de vozes na minha cabeça se deve ao fato de que dos meus olhos, boca, narinas e ouvidos para dentro eu aconteço como uma grande mágica. Ocorre que no vai e vem que a vida exige, quando entro e sou eu denovo, me sub-divido em muitas, várias... Eu me transoformo magicamente em dezenas de peixinhos palhaços. Enquanto me abraço, me choro, me consolo, me convenço e me desentendo, agora eu sei, eu também me nado!
Assinar:
Postagens (Atom)