sábado, setembro 30, 2006

"Nunca ninguém pareceu tão triste. Amarga e escura, a meio caminho das trevas, sob o feixe de luz que fugia do sol para encerrar-se nas profundezas, talvez uma lágrima se tenha formado; e uma lágrima caiu; as águas agitaram-se de um lado para o outro e receberam-na, depois acalmaram-se. Nunca ninguém pareceu tão triste."
Virgínia Woolf - Rumo ao Farol


Hoje despertei ao meio do dia, sob a benção de um frio chato feito dor dente, que entraria pelas anáguas, caso as vestisse... Acredito que pouca gente saiba o que é a tristeza, embora todos se julguem seus maiores doutores... Eu sei. E hoje acordei longe de qualquer esboço de sentimento... Encontro-me simplesmente reclusa num silêncio de tons rubros e trago uma rosa de feltro enfiada em cachos desgrenhados; os olhos mais abertos que tudo e um deserto, árido e frio, paradoxo, no coração.


2 comentários:

NILO disse...

e sempre os olhos arregalados enchergam as profundesas escuras que entranham nas vidas que refletem por vezes fleches de luz!
paz&luz

NILO disse...

k