sábado, dezembro 01, 2007

Sobre isso...




Que a esse amor, que já nasceu velho de tão forte, seja sempre concedida a dádiva dos verões, que se despedem desabando chuvas caprichosas, mas sempre retornam radiantes.
Que nada seja mais que o cinza e o dourado.
Que nada nos enfraqueça.
O que é teu é o que fiz de melhor.
O que é meu é o que me faz ficar.

sexta-feira, maio 04, 2007

"Deixa em paz meu coração que ele é um pote até aqui de mágoa"

terça-feira, março 20, 2007


Voltei com saudades confessas (sempre são, estamos falando de mim!), depois de um inverno rigoroso em pleno verão carioca, durante o qual atravessei algumas vezes a mesma ponte achando que eram outras e várias... quisera eu ver a mesma coisa no mesmo lugar mais de uma vez na vida... rs...

Bom, de lado meus complexos cancerianos que não enganam mais ninguém, percebi que é muito difícil me reconhecer enquanto gente fazendo o que gente faz. Mexer quadris nunca foi meu forte, em nenhuma das circunstancias em que pode se fazer necessário, e além do mais o que eu escrevo eu não falo, e o que ele não sabe o impede de entender muita coisa... (ah, meu amorzinho medroso... quantas amedoeiras hão de derrubar edifícios nos próximos séculos sem que exista a quem culpar?...).

Sei que eu não sou um docinho. Sei que amo a Arte escandalosa dos que não vêem limite adiante, e dos que não se negam um tombo a mais, pois mais vale o amargo da terra que o fel podre dos que costuram em vida sua mortalha dos velhos...

Ah, meu amorzinho... ama tua meretriz incansável, que à política não há os que não são fiéis, e não há por quem ela não te troque, se não ama-lá muito e cada vez mais, e não souber dividi-la em banquete com quem mais a queira. E volta sempre cansado purificar tua mácula num canto manso que é a arte que tu julgas menor que pariu, para que nada seja tão ruim assim. Enquanto eu te quiser vou te querer de qualquer maneira e lamber as feridas dessas guerras bestas e lavar os lençóis que não são meus. E se deixada, eu derramo umas lágrimas e escrevo coisas muito tristes que me renderão um Nobel, quem sabe, e depois de umas semanas encontro outro deus ao qual servir.


Agora eu vou embora.

Encontrei uma baladinha p/ noite de hoje. rs


"Solidão a dois de dia

Faz calor, depois faz frio

Você diz "já foi"

e eu concordo contigo

Você sai de perto eu penso em suicídio

Mas no fundo eu nem ligo

Você sempre volta com as mesmas notícias

Eu queria ter uma bomba

Um flit paralisante qualquer

Pra poder me livrar

Do prático efeito

Das tuas frases feitas

Das tuas noites perfeitas

Solidão a dois de dia

Faz calor, depois faz frio

Você diz "já foi" e eu concordo contigo

Você sai de perto eu penso em homicídio

Mas no fundo eu nem ligo

Você sempre volta com as mesmas notícias

Eu queria ter uma bomba

Um flit paralisante qualquer

Pra poder te negar

Bem no último instante

Meu mundo que você não vê

Meu sonho que você não crê"