terça-feira, junho 13, 2006

Carta ao que se foi...

Essa carta era pra alguém que já estava tão longe que eu não podia enviar... felizmente o mundo não gira tão rápido que não se possa mudar certas coisas. Não há necessidade de nomes ( o que é um nome, afinal??)... E de resto, resta dizer que existem muitas coisas à mais, se tratando desse pessoa, desse amigo (no sentido mais amplo), mas o vocabulário é bem pobre para as coisas que realmente importam... mas ele sabe.

A falta que faz alguém só se percebe quando esse alguém falta... esse é o grande problema. Quanto à você, meu amigo primeiro e mais completo, eu já desconfiava... mas constatar é coisa ainda pior.
Por quantos invernos esse nosso inverno se propagará, eu não sei. A possível eternidade me mete medo.
E me pergunto, assim, quase sempre, desde então, como pode alguém ser tão importante. Quanto tempo eu caminhei ignorante de ti... e agora caminhar é tão estranho, assim, meio só.
Não que não hajam outros amigos, com outras qualidades e defeitos que te faltam... Mas você é você...
E você era importante. E quando falta é ainda mais.
Quantas coisas queria que soubesse, que visse, que opinasse...
E agora só importa que saiba, ainda que não venha nuca a saber, importa que eu diga... que meu amor por você vai além do que carece de beijos. É mais bonito e mais eterno justamente por isso. E justamente por isso talvez seja mais complicado. Eu te amo como se ama a si mesmo... meio que querendo encontrar.
E no fundo eu sei, que mesmo que o inverno se estenda até que já não haja essa saudade besta, vamos levar qualquer coisa um do outro. Qualquer vida leva qualquer coisa de outra, mas a nossa levará mais. Mesmo que uma pedra no sapato, uma rocha no meio do rio, quase esquecida, quase imperceptível... qualquer coisa a gente vai sempre ser, meu amigo... e eu te amo de qualquer forma que você não entende. Como amam os que não sabem que amam...
E só importa que você saiba, que a saudade existe, que o amor existe, e que qualquer coisa mudou na minha vida e na minha alma, depois que por aqui andou você.
E se a distância geográfica não impediu isso de crescer, não é a ausência de palavras que vai fazer morrer.
E no mais, te desejo sorte, todo amor que houver nessa vida, e muito, muito dircenimento... que você nunca tenha juízo demais, que nunca pense duas vezes sobre o que importa, e que em momento algum duvide de elogios... que sua vida dure o quanto durar a beleza dela, e que não se estenda até onde não faça mais sentido o seus sonhos... Nunca deixe de sonhar...
E saiba sempre, sempre, que eu te quero todo p bem do mundo, mesmo que pr isso eu precise estar cada vez mais longe... porque nunca vou estar tanto assim.
Erika.

Um comentário:

NILO disse...

o q posso fazer com essa saudade q parece fome devorando meu coração?